Já se viu diante de uma situação como essa: “Você tem três minutos para me vender a sua ideia”. Este foi o desafio do empresário internacional, Donald Trump, a um empresário brasileiro, que apresentou a ele a idéia de montar o primeiro empreendimento da “Trump” no Brasil. Certamente, se o empresário brasileiro não tivesse utilizado do domínio da comunicação para convencer o executivo, o empreendimento não teria saído do papel.
Quantos profissionais, diariamente, não passam por situações iguais a esta, ao tratar com um cliente, um fornecedor e até mesmo ao propor algo novo ao chefe e aos colegas de trabalho? É nessa hora que o domínio da comunicação oral e escrita faz toda diferença e funciona como ferramenta essencial para garantir o sucesso dos negócios e das organizações.
A professora Júnia Miranda Carvalho, coordenadora do Curso Gestão Estratégica da Comunicação, do Instituto de Educação Continuada (IEC) da PUC Minas, chama a atenção que o papel da comunicação começa bem antes da atuação do profissional numa determinada função, seja na hora de conseguir um emprego, prestar um serviço ou fornecer um produto. “Em ambientes competitivos, o “parecer” ou “ter”, muitas vezes, suplantam o “ser” um bom profissional. Entretanto, a cultura e boa educação são atributos fundamentais em qualquer situação da vida, em especial no mundo do trabalho e dos negócios. Essas qualidades são imediatamente percebidas nos testes de seleção, pelos superiores, colegas de trabalho e clientes, sobre o modo de falar, agir, a escrita e em todo o comportamento cotidiano de quem exerce uma atividade profissional”.
Somente a competência técnica, experiência, prestígio, controle emocional e boa conduta não são suficientes. A professora acrescenta que desenvolver habilidades no campo da comunicação oral e escrita é fundamental. “Falar corretamente, evitando gírias e jargões, de forma clara e objetiva, facilita o entendimento até das pequenas instruções no dia a dia das empresas”.
Desenvolvendo habilidades
Muitos especialistas da área de Recursos Humanos são unânimes ao defender que sem a habilidade da comunicação, o profissional sai em desvantagem em relação aos seus concorrentes. Num mundo globalizado, com as novas tecnologias mais presente na vida dos profissionais, quem se comunica bem está em evidência e pode até chegar ao topo da carreira com menos esforço se comparado àquele profissional que não tem essa mesma habilidade.
Ter conteúdo é importante, porém, mais essencial ainda é que todos saibam do seu potencial. Se comunicação não é o ponto forte, o profissional tem que se conhecer, ler, estudar, se preparar, procurar cursos que possa desenvolver o seu lado comunicador.
Júnia Miranda lembra que embora as atuais tecnologias de informação facilitem a comunicação escrita, como é o caso do Twitter, onde as mensagens têm no máximo 140 caracteres, ainda é preciso saber escrever um relatório, uma carta, um projeto ou discurso. “Parece fácil desenvolver essa competência, mas isso só é possível com muita leitura, prática frequente da escrita e uma bagagem cultural cultivada ao longo dos anos”.
Para os profissionais que querem melhorar a sua comunicação, a professora oferece algumas dicas:
• Leia sempre diversos gêneros literários, inclusive os principais jornais e revistas.
• Se o profissional for tímido ou tiver dificuldade para falar (tom baixo ou muito alto de voz, problemas de dicção, etc.) deve-se procurar ajuda de um fonoaudiólogo.
• Escrever com cuidado e técnica é importante e uma boa revisão é sempre necessária.
• Para quem quer se atualizar, cursos de curta duração sobre redação empresarial, oratória e outros similares sempre são oferecidos, além da bibliografia específica disponível. Em tempo, as empresas já exigem esse domínio também em idiomas estrangeiros.
Fonte: PUC Minas